sábado, 12 de fevereiro de 2011

Dr. Decânio

“A capoeira, pela sua própria natureza, é um jogo de inteligência... Um esconde-esconde, um faz de conta, um eterno improviso... Uma contínua gozação! Ganha quem engana mais e melhor Para enganar é preciso ter malícia É preciso ter inteligência! Capoeirista burro é um erro de lógica... Não pode ser burro, por que. A capoeira é o inverso de burrice! Começamos pela existência da chula Curto improviso que inicia a vadiação Para cantar improviso é preciso ser poeta Para ser poeta é preciso ser inteligente! Burro não faz versos, apenas zurra! Para cantar o improviso introdutório O cantador deve conhecer todo o repositório litero-filosófico da roda Manifestá-lo de modo ritmado conforme a tradição musical da capoeira Respeitando a herança dos africanos Cantando num estilo tonal Ajustando nosso falar ao tom dos iorubas Logo não pode ser burro Nem teimoso como o jegue!” Dr. Decânio

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